Apnéia do sono
Apnéia do sono é a interrupção breve e repetida
da respiração com duração de pelo menos 10 segundos
Classificação :
Tipo 1 – retropalatal ou orofaríngea
Tipo 2 – retropalatal e retrolíngual ou orohipofaríngea
Tipo 3 – retrolíngual ou hipofaríngea
Durante o sono o comando ventilatório é apenas automático, reduzindo controle ventilatório e, por conseqüência, diminui a modulação dos músculos dilatadores da faringe.
Soma-se a isso, a posição de decúbito dorsal e a ação da gravidade que favorecem a pitose do músculo genioglosso em direção à parede posterior do conduto faríngeo, caracterizando o colapso na orofaringe.
Em indivíduos com predisposição para a SAHOS, a pressão negativa produzida pela contração diafragmática, em detrimento do esforço inspiratório, agrava a obstrução, evoluindo para apnéia.
Em decorrência do quadro apnéico, se desenvolve hipoxemia e hipercapnia.
Hipoxemia: é uma redução anormal da quantidade de oxigênio no sangue arterial, ocorrendo geralmente em função de um funcionamento inadequado dos pulmões.
Hipercapnia: é o aumento anormal da quantidade de gás carbônico no sangue arterial, ocorrendo geralmente em função de um funcionamento inadequado dos pulmões.
Esses, estimulam o sistema nervoso central, que, por meio dos quimiorreceptores e mecanorreceptores, irão ativar núcleos da formação reticular do tronco cerebral levando ao despertar.
Quando o paciente volta a dormir, os músculos relaxam e todo o processo se inicia
novamente repetindo-se por várias vezes ao longo da noite.
As modalidades de tratamento buscam:
1) elevar a pressão na faringe acima da pressão obstrutiva;
2) reduzir a pressão obstrutiva; ou
3) aumentar a atividade muscular das vias aéreas superiores para ampliar o conduto faríngeo
e permitir uma ventilação adequada durante o sono.
Medidas comportamentais
Posição corporal
De acordo com dados polissonográficos, pacientes que dormem em decúbito dorsal apresentam roncos mais intensos e piora no quadro de apnéia por hora de sono.
Desta forma, é recomendado ao paciente dormir na posição de decúbito lateral.
De acordo com dados polissonográficos, pacientes que dormem em decúbito dorsal apresentam roncos mais intensos e piora no quadro de apnéia por hora de sono.
Desta forma, é recomendado ao paciente dormir na posição de decúbito lateral.
Medidas comportamentais
Obesidade
Em obesos grau 3 (mórbidos), com índice de massa corporal (IMC) igual ou superior a 40 kg/m2,
a incidência de SAHOS chega a ser cerca de 12 a 30 vezes maior quando comparada a pacientes com peso normal.
Essas condições aumentam o risco de desenvolver diabetes mellitus (que está relacionada
com xerostomia e infecções), dislipidemia e hipertensão arterial sistêmica.
Medidas comportamentais
Higiene do sono
Prática de exercícios físicos
Alimentação
Cuidados com bebidas estimulantes
Método físico-mecânico (CPAP)
Método físico-mecânico de introduzido por Sullivan.
Consiste na injeção de ar comprimido, utilizando máscara nasal, que tem por princípio manter a pressão positiva e contínua nas vias aéreas, desobstruindo a passagem de ar durante o sono.
Uvulopalatofaringoplastia
Tonsilectomia associada à adenoidectomia, excisão da úvula e porção redundante da parede lateral da faringe, além da recessão de 8 a 15 mm da borda posterior do palato mole.
Indicado para pacientes que possuam palato mole longo e espesso, sem deficiência mandibular (SNB > 78), e com as vias aéreas superiores normais na região da base da língua ( > 10 mm)
As complicações incluem voz anasalada, regurgitação nasal de líquidos, hemorragia,
estenose nasofaríngea e secura da orofaringe
A principal causa de falhas da UPFP é a base da língua, que perpetua a SAOS obstruindo a parede posterior da faringe, ou seja, casos onde ocorreu a má indicação.
Indicado para pacientes que possuam palato mole longo e espesso, sem deficiência mandibular (SNB > 78), e com as vias aéreas superiores normais na região da base da língua ( > 10 mm)
As complicações incluem voz anasalada, regurgitação nasal de líquidos, hemorragia,
estenose nasofaríngea e secura da orofaringe
A principal causa de falhas da UPFP é a base da língua, que perpetua a SAOS obstruindo a parede posterior da faringe, ou seja, casos onde ocorreu a má indicação.
Tipo 2 – retropalatal e retrolíngual ou orohipofaríngea
Tipo 3 – retrolíngual ou hipofaríngea
Indicações:
SAHOS severa (IAH>30) e saturação de oxigênio abaixo de 70%.
Em pacientes que não toleram o CPAP ou os dispositivos intrabucais.
Deficiência mandibular severa. Avanço de 10 a 12mm.
SAHOS severa (IAH>30) e saturação de oxigênio abaixo de 70%.
Em pacientes que não toleram o CPAP ou os dispositivos intrabucais.
Deficiência mandibular severa. Avanço de 10 a 12mm.
O avanço maxilo-mandibular também pode ser utilizado como opção de resgate para o avanço do genioglosso
Osteotomia mandibular anterior com miotomia suprahióidea e suspensão do osso hióide
Alongamento dos músculos:
Milohióideo
Genioglosso
Geniohióideo
Aparelhos intrabucais
Osteotomia mandibular anterior com miotomia suprahióidea e suspensão do osso hióide
Alongamento dos músculos:
Milohióideo
Genioglosso
Geniohióideo
Aparelhos intrabucais
3) Aparelhos de Avanço Mandibular
Os aparelhos intrabucais são indicados para tratamento da SAHOS leve, sendo considerados a primeira escolha para esses transtornos desde 1995 quando a American Sleep Disorders Association (agora, American Academy of Sleep Medicine) os reconheceu como alternativaeficaz à terapia com o CPAP.
É importante esclarecer que em casos de SAHOS grave, esses aparelhos podem ser utilizados,
desde que outras modalidades terapêuticas tenham sido contra-indicadas ou recusadas.
Nesses casos, devemos considerar que os dispositivos intrabucais representam parte do tratamento, que é multiprofissional e, portanto, necessitam de acompanhamento a longo prazo, além da cooperação do paciente no que se refere aos aspectos comportamentais.
Princípio de ação dos aparelhos intrabucais
Promovem alterações nas estruturas anatômicas das vias aéreas superiores para manter a patência dessas vias durante a respiração noturna.
As principais estruturas ósseas do complexo craniofacial que influenciam na dimensão das
vias aéreas superiores são: a mandíbula e o osso hióide.
A anteriorização mandibular, realizada pelos dispositivos de avanço mandibular, aumenta a
atividade dos músculos genioglosso e pterigóideos laterais transmitindo tensões à musculatura supra e infra-hióidea, que, por conseqüência, irá proporcionar um posicionamento ântero-superior do osso hióide em relação à coluna cervical e ampliará as dimensões do conduto faríngeo.
Essa nova situação anatômica é capaz de reduzir a vibração dos tecidos moles da orofaringe, que resulta no ronco, e assim, permitir a ventilação adequada durante o sono.
Diversos estudos publicados na literatura, por análise cafalométrica, têm demonstrado, bidimensionalmente, que as alterações morfológicas, produzidas pelos aparelhos de avanço mandibular nas vias aéreas superiores e no posicionamento do hióide de pacientes com SAHOS, são capazes de promover aumento da porção posterior do espaço aéreo da faringe.
Outros estudos, como os de Ryan, Gale et al. e Kyung comprovaram, por meio de tomografia
computadorizada na posição supina, em vigília, que o avanço mandibular, proporcionado
pelos dispositivos intrabucais é capaz de ampliar tridimensionalmente o conduto faríngeo,
A integração entre a Medicina e a Odontologia é fundamental para o tratamento dos
transtornos do sono em questão, propiciando estabelecer, mediante solicitação médica, um tratamento conservador, no qual a intervenção com os aparelhos intrabucais é considerada opção eficaz.
Após a solicitação médica, cabe ao odontólogo, mediante protocolo clínico, executar o tratamento
e acompanhar clínica e polissonograficamente a evolução dos casos até que o controle satisfatório
seja estabelecido.
Promovem alterações nas estruturas anatômicas das vias aéreas superiores para manter a patência dessas vias durante a respiração noturna.
As principais estruturas ósseas do complexo craniofacial que influenciam na dimensão das
vias aéreas superiores são: a mandíbula e o osso hióide.
A anteriorização mandibular, realizada pelos dispositivos de avanço mandibular, aumenta a
atividade dos músculos genioglosso e pterigóideos laterais transmitindo tensões à musculatura supra e infra-hióidea, que, por conseqüência, irá proporcionar um posicionamento ântero-superior do osso hióide em relação à coluna cervical e ampliará as dimensões do conduto faríngeo.
Essa nova situação anatômica é capaz de reduzir a vibração dos tecidos moles da orofaringe, que resulta no ronco, e assim, permitir a ventilação adequada durante o sono.
Diversos estudos publicados na literatura, por análise cafalométrica, têm demonstrado, bidimensionalmente, que as alterações morfológicas, produzidas pelos aparelhos de avanço mandibular nas vias aéreas superiores e no posicionamento do hióide de pacientes com SAHOS, são capazes de promover aumento da porção posterior do espaço aéreo da faringe.
Outros estudos, como os de Ryan, Gale et al. e Kyung comprovaram, por meio de tomografia
computadorizada na posição supina, em vigília, que o avanço mandibular, proporcionado
pelos dispositivos intrabucais é capaz de ampliar tridimensionalmente o conduto faríngeo,
A integração entre a Medicina e a Odontologia é fundamental para o tratamento dos
transtornos do sono em questão, propiciando estabelecer, mediante solicitação médica, um tratamento conservador, no qual a intervenção com os aparelhos intrabucais é considerada opção eficaz.
Após a solicitação médica, cabe ao odontólogo, mediante protocolo clínico, executar o tratamento
e acompanhar clínica e polissonograficamente a evolução dos casos até que o controle satisfatório
seja estabelecido.
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